O fôlego axiomático
que entope os brônquios,
ataca-me como a estaca
de prata cravada no
peito do vampiro.
Grito rascunhos de silêncio
ao sentir a alma cortada.
Pareço estar imerso no
oceano mais profundo.
A filosofia do sofrimento
aumenta a dor dualística
conscientemente sentida;
Orquestra de ondas sinápticas
sintonizadas com a morte.
Lacro as pálpebras e digo:
- Haja trevas sobre a terra!
Semelhante a deus me torno,
no entorno das línguas antigas.
Sou minha própria religião.
Aqui dentro mora milhares
de cópias de mim mesmo.
Legião ligada às coisas secretas;
A sanguessuga me consome...
- Alimenta-se de escuridão.